Treinador afirma que Rubro-Negro apresentou raça que não observou nas derrotas contra Grêmio e Goiás: "Rabo no chão".

Em entrevista coletiva, Luxa disse que o erro não tira o mérito de sua equipe no triunfo que a colocou na décima colocação do Brasileirão, com 28 pontos. Além da dedicação, o comandante rubro-negro se mostrou satisfeito também com a postura tática do Flamengo, que praticamente não deixou o Corinthians assustar a meta de Paulo Victor.

- Primeiro, quero dar os parabéns aos jogadores. Voltamos a trabalhar nas nossas características: botamos o rabo no chão. O Flamengo não tem um grande time. Foi bem contra Grêmio e Goiás, mas não botou o rabo no chão. Hoje, não deixamos o Corinthians jogar em suas características. O gol eu quero parar para ver antes de falar. Até porque, erros e acertos acontecem. Não vou tirar o mérito dos meus jogadores, que fizeram uma grande partida
O elenco do Flamengo se reapresenta na tarde de segunda-feira, no Ninho do Urubu, para iniciar a preparação visando ao confronto com o Palmeiras, quarta-feira. Na terça, o treinamento será na Gávea, pela manhã, seguido de viagem para São Paulo.
Confira a entrevista coletiva de Luxemburgo na íntegra:
ATUAÇÕES DE WALLACE E EVERTON
- Quero ganhar de meio a zero todos os jogos que vamos avançar. Não é valorizar o Everton, mas quem teve uma atuação exemplar, que não teve nenhum erro, foi o Wallace. Foi um zagueiro de altíssimo nível e fez uma grande partida com o Chicão, sem dar chance ao adversário. A equipe toda ajuda os jogadores a aflorarem suas qualidades. O Everton também tem jogado bem há algum tempo e está em uma crescente. Quando estamos no sufoco, a bola sai com ele, que impõe velocidade. A equipe estava totalmente concentrada. Os jogos que perdemos é normal para um time que sai de uma zona da confusão e consegue vitórias seguidas. A mudança de comportamento é inconsciente.
EDUARDO DA SILVA
- Se você achar que ele perdeu o pênalti por estar cansado, vou discordar. No jogo com o Atlético-MG, eu mandei o Léo Moura bater o pênalti. Hoje, eu mandei o Chicão bater, ele me olhou e disse que o Eduardo queria bater. Eu não vou perder pênalti, não estou lá dentro. Não foi questão de cansaço. O goleiro foi feliz e pulou no canto certo. Acho que ele jogou com muita técnica. O pênalti é normal perder.
FORMAÇÃO IDEAL PARA O FLA
- A equipe que eu encontrei tem ajustado bem. Com o Cáceres ali, ajuda bem. O Márcio ou o Luiz Antonio podem ser o segundo volante, ou o Gabriel, que faz aquele lado direito. Encontrei um time jogar com as características dos jogadores. Jogar no Maracanã é bom, com o torcedor. É possível jogar na sua característica contra uma equipe técnica e vencer. Quando o time tem uma identidade, você joga em cima dela. O que não dá é para tentar equilibrar com uma técnica que você não tem. Temos que jogar em cima das virtudes, marcando, colocando o rabo no chão, em cima das deficiências técnicas.
PALMEIRAS
- É um jogo duro. Contra o Fluminense, eles tinham 12 desfalques. Vamos ver o time que vão colocar em campo. O Palmeiras vai jogar dentro de seus domínios. Vamos entrar fortes, colocar um pijama training nos jogadores para que descansem um pouco, namorem um pouco, e voltem para trabalhar.
VOLTA DAS VITÓRIAS
- Acho que esse momento do Flamengo é o momento de uma equipe. Ninguém vai ganhar todos os jogos. Não é nosso privilégio perder duas seguidas, o Cruzeiro perdeu hoje. O campeonato é muito igual. Não vi o Flamengo jogando mal contra Grêmio e Goiás. Eles aproveitaram as chances. Se o aproveitamento fosse como o meu desde o início, íamos brigar lá em cima.
BOA ATUAÇÃO SOBRE O CORINTHIANS
- Claro que tenho estudo do adversário. Procurei ver como o Corinthians atua e trabalhei em cima disso. Mas a grande eficiência do Flamengo foi voltar a sua característica. A marcação começou forte com o Eduardo e o Alecsandro. O meio-campo marcando, facilita a vida da zaga. Assim, o jogo fica igual. Essa é nossa virtude. Se colocarmos essa virtude sempre, vamos avançar como equipe.
RECUPERAÇÃO DO LATERAL LÉO
- Vamos ver. Ele ainda não está em ponto de voltar, vai demorar um pouco mais ainda. Falta um trabalho de bola, um coletivo, um jogo-treino. É um jogador que, se voltar, vai ajudar muito. Até porque, dá para fazer um revezamento. Mas o Léo Moura está conseguindo economizar, não tem a frequência de ataque que tinha antes. O Márcio Araújo está ali daquele lado, o que facilidade a vida.
CHANCES DE GOL PERDIDAS
- Perder gol, você vai perder. Vai ganhar com um gol legal e às vezes com um que não seja legal. E vai perder também. O futebol é dessa forma. O pênalti eu quero falar uma coisa: há uma recomendação de que se a bola bater no adversário em direção ao gol, deve ser marcado. Lá contra o Goiás, não deram o pênalti para nós. Não adianta ficar lamentando isso aí. Está tudo no contexto do futebol. A informação que tenho é para os meus jogadores não abrirem o braço dentro da área. É difícil, tem que ficar igual robô, mas eles querem que seja desta forma. Fico satisfeito porque o time criou bastante oportunidade.
ESPÍRITO COLETIVO
- No futebol, temos que falar sempre "nós". Nós ganhamos o jogo. Quando você coloca o "eu", é egoísta, individualista. Se somarmos, a equipe vai ficar forte. Falo sempre com eles que temos que conjugar o verbo na primeira pessoa do plural, colocando o rabo no chão.
SEQUÊNCIA FORA DE CASA
- É um sequência dura. Avançamos um pouco com a vitória e vai ser complicado. Tivemos uma torcida apoiando a equipe neste jogo, em momento algum ela se voltou contra a equipe desde a minha chegada, e acho que presença é importante.
DUPLA DE ZAGA
- A saída do Marcelo foi pensada com muita calma. Ele vinha jogando muito bem, é um jogador de futuro. Mas acompanhando o noticiário havia uma tendência a crucificarem por um erro. Ele é jovem e está chegando a um grande clube. O Samir está vindo de lesão e está pegando um condicionamento melhor. O Chicão fez duas grandes partidas, contra Coritiba e Grêmio. Usei o Chicão que conhece o Corinthians, as características dos jogadores. Dentro da zaga, temos opções, ganhamos com isso. E fiz uma proteção ao Marcelo.
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