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Apontado pelo treinador como um dos líderes do elenco, zagueiro deixa Marcelo e Samir para trás, é elogiado por dupla com Wallace e abre mão de cobrar pênalti.


Chicão Flamengo Guerrero Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr / Agência Corinthians)Paciência. Esta foi a principal virtude de Chicão no caminho até o retorno ao time titular do Flamengo na vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, domingo, no Maracanã. Justamente contra o Timão, clube onde fez história durante cinco anos, e com atuação elogiada pelo treinador. Um dos jogadores mais experientes do elenco, o zagueiro é visto como Vanderlei Luxemburgo como figura principal para o ambiente interno. Faltava, no entanto, provar que podia ser importante também dentro de campo. E, ao que parece, Luxa está convencido disso.
Atrás de Wallace, Marcelo e Samir em determinado momento da temporada, Chicão agora é o titular ao lado do camisa 14, com quem jogou também no Corinthians. Diante do Timão, o zagueiro chegou ao sétimo jogo na temporada, garantiu a permanência na Gávea ao menos até o fim do contrato, em dezembro de 2014, e garante: mesmo no período na reserva nunca baixou a guarda.
- Minha postura, jogando ou não, será sempre a mesma. Trato todos iguais. O Vanderlei Luxemburgo é um cara que já ganhou tudo e ainda tem essa vontade de vencer. Vou falar o quê?  O admiro muito e quero ajudar muito. No futebol, acham que quem não está jogando não tem importância, mas em um grupo todo mundo é importante.
Chicão ganhou a posição por suas atuações nos jogos com o Coritiba, pela Copa do Brasil, e diante do Grêmio, no Brasileirão. Enquanto Marcelo e Samir demonstravam certa insegurança, o camisa 3 fez valer a experiência e conquistou o treinador, que elogiou a dupla com Wallace.
- O Chicão fez duas grandes partidas, contra Coritiba e Grêmio. Usei o Chicão que conhece o Corinthians, as características dos jogadores (...) O Wallace foi um zagueiro de altíssimo nível e fez uma grande partida com o Chicão, sem dar chance ao adversário.
Quando está em campo, Chicão é uma das principais vozes de Vanderlei Luxemburgo. Na ocasião do pênalti diante do Corinthians, era o defensor o indicado por Luxa para cobrança. De dentro do campo, porém, apontou para o treinador e informou que deixaria a responsabilidade para Eduardo da Silva. Em seguida, foi até o croata, incentivou e falou algo em seu ouvido.
- Eu cobraria, sim, mas o Eduardo estava confiante. Isso mostra que o grupo não tem vaidade, estamos fechados por um só objetivo, que é sair da confusão. Para isso, temos que fazer como foi contra o Corinthians, com todo mundo ralando e se dedicando para vencer.
Com a bola rolando, o zagueiro não deu mole para Paolo Guerrero. Ex-companheiros dos tempos de Parque São Jorge, os dois travaram uma disputa marcada por trancos e divididas fortes. No fim, o peruano não levou perigo ao gol de Paulo Victor.- Marcar o Guerrero é diferente. É um cara experiente, muito bom jogador, e protege bem. Tem técnica, sabe finalizar... Então, eu tinha que ficar muito concentrado. Fico feliz pelo resultado.
Por fim, Chicão tratou com naturalidade o triunfo sobre o ex-clube e garantiu que não há sabor especial.
- Tenho um carinho enorme pelo Corinthians, mas defendo o Flamengo e tenho que fazer o meu trabalho. O sabor da vitória não muda nada. Nos deu três pontos, como deu contra o Atlético-MG, o Botafogo...
 A partida contra o Corinthians foi a de número 35 de Chicão contra o Flamengo, com dois gols marcados. Na quarta-feira, o zagueiro estará em campo para encarar o Palmeiras, no Pacaembu, pela 22ª rodada do Brasileirão.
Do: Globo Esporte Flamengo

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